Na trajetória da vida, pode - se comparar a vida a um coral, onde diversas vozes se unem, as vezes em uníssono, as vezes em diferentes notas, mas sempre com o intuito de ressoar pelo ar, a canção da vida, na forma mais harmoniosa possível sem interferir no conjunto.
Todas as vozes tem sua importância; as altas, angelicais que vem com o sopro do vento, trazendo o alinhamento a ser seguido, a firmeza, o feminino soberano que quando quer se sobressai a situações quase impossíveis.
As contraltas podem ser vistas como a serenidade de um Ser superior materializada entre os homens, a sutileza e a decisão, a base, a estrutura de todo um conjunto de vozes.
Os tenores são a representação do alcance masculino e de sua essência sensivel e tudo que é alcançado quando se quer.
Os tons graves são desempenhados em escala decrescente, ao contrario dos demais, o que pode ser visto por potência, força e equilibrio, visto que no coro da vida é necessário muito mais atributos pra se descer do que pra se subir...
E no espetáculo da vida, em certas ocasiões, nos apresentamos em coros magníficos com divisões de vozes perfeitas, cenários esplêndidos e em outras, nós podemos estar diante de platéias gigantes e na hora "H" desafinarmos, e vir a vontade de se esconder, e fugir, correr, chorar, e é nessa hora que temos que respirar, encarar a platéia e continuar o espetáculo, pois uma frase de domínio público ingles eventualmente utilizada ao longo da história diz: "The show must go on..." - O show deve continuar, mesmo que por dentro nós estejamos moidos, envergonhados e sensibilizados e as vezes até mesmo sem saber se daremos conta de fazer o "solo" ou se ficaremos a espera de uma segunda voz que possa nos apoiar e nos indicar as notas da melodia da vida.